SENNA, O MAIS RÁPIDO DA F1

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Você pode achar que Senna não foi o melhor piloto da F1, por que isso é questão de opinião... Mas em termos de "velocidade pura" o brasileiro foi o piloto mais rápido da história da F1.

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Os comparativos com seus companheiros de equipe e seus percentuais de poles e largadas na 1a fila do grid são os mais altos da F1 Moderna. Esses percentuais do brasileiro mostram como ele era extraordinário numa volta lançada.

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Percentuais de poles por corrida da F1 Moderna (após 1968):

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Senna 40%

Hamilton 31%

Schumacher 22% (27% antes do retorno da aposentadoria)

Vettel e Leclerc 19%

Verstappen, Prost, Stewart, Mansell, Rindt e D Hill 17%

Hakkinen 16%

Hunt e Nico Rosberg 15%

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Percentuais de largadas na 1a fila por corrida da F1 Moderna (após 1968):

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Senna 55%

Hamilton 53%

Prost 43%

Stewart 42%

D Hill 39%

Schumacher 38% (47% antes do retorno da aposentadoria)

Vettel 34%

Verstappen 31%

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Senna tem o percentual de largadas na frente dos companheiros de equipe mais alto dentre todos os multicampeões da F1, só perdendo para James Hunt (94%). Mas temos que ponderar que o inglês teve companheiros tecnicamente mais fracos que qualquer outro campeão do mundo como: Ian Scheckter, Torsten Palm, Harard Hrtl, Brad Lunger, Jochen Mass, Patrick Tambay, Gilles Villeneuve (só em uma corrida), Bruno Giacomelli. 

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Percentual de largadas na frente do companheiro de equipe (somente pilotos multicampeões do mundo):

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Senna 89%

Fangio 86%

Clark 83%

Stewart 77%

Verstappen 75%

Schumacher 75% (86% antes do retorno da aposentadoria)

Piquet 72% 

Hakkinen 71%

Alonso 70%

Prost e Fittipaldi 67%

Vettel 66%

Hamilton 63%

Brabham 58%

Lauda 54%

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O que surpreende no percentual do brasileiro, é que ele só foi batido 18 vezes em 161 treinos, sendo que ele teve companheiros de equipe rápidos que fizeram pole (ou que fariam pole) na F1: De Angelis, Prost, Berger, Hakkinen e Hill.

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Outro percentual interessante do brasileiro é o de vezes que ele foi batido pelo companheiro de equipe em condições normais, que são as condições não oriundas de: abandono, pit stop demorado, problema no carro ou troca de peça do carro ou ordem de equipe, largada do box ou punição. Nesse quesito ele só fica abaixo de JUAN MANUEL FANGIO.

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Percentual de corridas que o piloto foi batido pelo companheiro de equipe em condições normais por corrida disputada:

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Fangio 2%

Senna 3%

Clark e Fittipaldi 4%

Surtees, Rindt e Hunt 5%

Moss, Gurney, Stewart, Peterson e Piquet 7%

Jones e Verstappen 8%

Keke Rosberg e Hakkinen 9%

Andretti, Mansell, Schumacher e Alonso 10%

Lauda 11%

Prost 12%

Graham Hill 13%

Damon Hill, Vettel, Hamilton e Russell 16%

Brabham e Button 18%

Scheckter, Jacques Villeneuve Leclerc 19%

Ascari 21%

Hulme 24%

Nico Rosberg 27%

Phill Hill 44%

Hawthorn 47%

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Começo no Kart

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Senna foi tetra campeão brasileiro (78/79/80/81), tetra sulamericano de kart (76/77/78/80) e era respeitado no kartismo mundial. Angelo Parilla, dono da equipe Parilla, reconhecia Ayrton Senna e Terry Fullerton (campeão mundial de 1973) como os melhores kartistas do mundo naquela época, inclusive ele chegou a dizer que Senna nasceu com a velocidade e tinha algo diferente dos outros pilotos.

Em 1978 em Le Mans (França), ele foi correr no mundial de kart e venceu 2 baterias e estava disputando o título mas bateu no inglês Mickey Allen numa das baterias finais, perdendo a chance de ser campeão. Ele ficou em 6o lugar, mas foi eleito a revelação do ano. (Fonte: Ayrton Senna do Brasil de Francisco Santos pg 18) 

Em 1979 em Estoril (Portugal), Senna venceu 5 baterias, mas o destino não quis que ele fosse o campeão. Numa bateria da semifinal, Fullerton quebrou o motor na frente de Senna e isso fez o brasileiro chegar em 8o lugar. Numa das baterias finais, Senna deixou seu companheiro de equipe Peter Koene vencer, pois não sabia que o critério de desempate do campeonato tinha mudado naquele ano (Declaração de Peter de Bruijn- Revista Racing Fevereiro e Março de 2004 pg 14) e pelo critério anterior, Ayrton seria o campeão. Senna e Bruijn ficaram EMPATADOS NOS PONTOS, mas pelo novo critério de desempate, levando em conta o 8o lugar da semifinal, Senna ficou com o vice campeonato. (Fonte: Ayrton Senna do Brasil de Francisco Santos pg 18 e 19) O brasileiro Mário Sérgio de Carvalho, adversário de Senna no Brasil, acabou em 7o lugar. 

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Em 1980 em Nivelles (Bélgica), Senna tinha chances de vencer o campeonato mundial de kart com Peter de Bruijn, na bateria final o holandês bateu no brasileiro quando este estava em 2o lugar. Senna tentou fazer uma reclamação, sem sucesso, pois o chefe da equipe DAP (Bruno Brunetti) não podia fazê-la por não ser brasileiro e o Chefe da Equipe Brasileira não estava na pista nesse dia. Senna ficou com o vice-campeonato. (Fonte: Ayrton Senna Saudade de Francisco Santos pg 26 e 27) Foi nesse mundial que o jovem Michael Schumacher com 11 anos, viu Senna correr e virou fã do brasileiro.

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Em 1981 em Parma (Itália), mudaram o regulamento dos motores de kart para 135cc. Seu kart estava preparado com motor de 127 cc, mas ele competiu assim mesmo. Levando em conta a defasagem de motor ele fez uma ótima participação, ficando em 4o lugar no geral, quem o viu correr disse que foi a melhor performance de Senna no kart. (Fonte: Ayrton Senna do Brasil de Francisco Santos pg 19)